As gravuras
retratam muito bem essa realidade, quando realmente sabemos que alguém é
culpado e ou inocente? A quem cabe o papel de julgar? Quando julgamos precipitadamente alguém ou alguma situação, e
erramos ao pré-julgar, o que acontece? Até a idade média os julgamentos muitas
das vezes eram realizados em praça pública, traziam as partes acusadoras e o
réu! Geralmente eram resolvidos ali mesmo e terminavam com a morte! Claro
dependendo do crime cometido, quantas mulheres foram queimadas, sob á alegação
de que eram bruxas, quem não conhece essas histórias? Nos dias contemporâneos, isso se modernizou, temos
vários aparatos judiciais para se evitar tais barbáries,
possuímos Ministério Público, delegacias especiais, Juiz de primeira instância e colegiados de
magistrados e outros, para garantir á ampla defesa, até que se prove ao
contrário, todos estão protegidos pela justiça, ou seja, pela presunção da
inocência. Mas ainda erramos muito, á sociedade impelida pelos órgãos de imprensa é muitas das vezes
levada ao clamor popular! Até os juízes de primeira instância, pessoas formadas
e preparadas se levam pelo clamor popular, e infelizmente podem cometer erros.
essa
semana tive conhecimento de uma história muito recente, um adolescente que
cuidava de uma menina de mais ou menos 3 anos, levou-a á um unidade de saúde,
com febre e dores, aparentemente uma
infecção, que os profissionais de saúde
chegaram á conclusão de que se tratava de um abuso sexual! Após exames médicos
foi constatado o estupro, internada logo veio á falecer. O menor, atordoado com
tudo o que aconteceu e sem entender nada, foi acusado, detido em um centro de reabilitação, onde foi humilhado sob á
negligência do Estado, que tinha á obrigação de protegê-lo, até que fosse julgado e comprovado sua culpa.
Após
tanta humilhação e abusos sofridos dentro do recinto, foi internado e em estado
grave, agonizando, ao ver aquela cena, o padrasto se sensibilizou e como diz a bíblia, o sangue
inocente do garoto, chegou até os Céus! O homem confessou, ele era o verdadeiro
autor daquele crime bárbaro, da morte da criança e a desgraça daquele jovem,
que ele estava visualizando, deitado no leito de uma UTI.
Mas e
o clamor popular? Os pré-julgamentos dos vizinhos dos amigos, como reparar
tamanho absurdo? Diz o sábio que depois das palavras ditas, são como penas
jogadas ao vento, não tem mais como voltar a trás. Precisamos rever nossos
conceitos, pré-julgamentos, às vezes fazemos papel de juízes e de acusadores.
Antes de acusar, se ponha no lugar da pessoa, da família, pergunta á si mesmo,
será que é verdade? Será que foi assim? Tenho certeza que erraremos muito
menos.
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