segunda-feira, 7 de maio de 2012

CULPADO OU INOCENTE?


   As gravuras retratam muito bem essa realidade, quando realmente sabemos que alguém é culpado e ou inocente? A quem cabe o papel de julgar? Quando julgamos precipitadamente alguém ou alguma situação, e erramos ao pré-julgar, o que acontece? Até a idade média os julgamentos muitas das vezes eram realizados em praça pública, traziam as partes acusadoras e o réu! Geralmente eram resolvidos ali mesmo e terminavam com a morte! Claro dependendo do crime cometido, quantas mulheres foram queimadas, sob á alegação de que eram bruxas, quem não conhece essas histórias? Nos dias contemporâneos, isso se modernizou, temos vários aparatos judiciais para se evitar tais barbáries, possuímos Ministério Público, delegacias especiais, Juiz de primeira instância e colegiados de magistrados e outros, para garantir á ampla defesa, até que se prove ao contrário, todos estão protegidos pela justiça, ou seja, pela presunção da inocência. Mas ainda erramos muito, á sociedade impelida pelos órgãos de imprensa é muitas das vezes levada ao clamor popular! Até os juízes de primeira instância, pessoas formadas e preparadas se levam pelo clamor popular, e infelizmente podem cometer erros.
   essa semana tive conhecimento de uma história muito recente, um adolescente que cuidava de uma menina de mais ou menos 3 anos, levou-a á um unidade de saúde, com febre e dores, aparentemente uma infecção, que os profissionais de saúde chegaram á conclusão de que se tratava de um abuso sexual! Após exames médicos foi constatado o estupro, internada logo veio á falecer. O menor, atordoado com tudo o que aconteceu e sem entender nada, foi acusado, detido em um centro de reabilitação, onde foi humilhado sob á negligência do Estado, que tinha á obrigação de protegê-lo, até que fosse julgado e comprovado sua culpa.
   Após tanta humilhação e abusos sofridos dentro do recinto, foi internado e em estado grave, agonizando, ao ver aquela cena, o padrasto se sensibilizou e como diz a bíblia, o sangue inocente do garoto, chegou até os Céus! O homem confessou, ele era o verdadeiro autor daquele crime bárbaro, da morte da criança e a desgraça daquele jovem, que ele estava visualizando, deitado no leito de uma UTI.
   Mas e o clamor popular? Os pré-julgamentos dos vizinhos dos amigos, como reparar tamanho absurdo? Diz o sábio que depois das palavras ditas, são como penas jogadas ao vento, não tem mais como voltar a trás. Precisamos rever nossos conceitos, pré-julgamentos, às vezes fazemos papel de juízes e de acusadores. Antes de acusar, se ponha no lugar da pessoa, da família, pergunta á si mesmo, será que é verdade? Será que foi assim? Tenho certeza que erraremos muito menos.

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