Com 86,59% dos votos totalizados e faltando apenas 200 urnas, o
candidato do PP, Alcides Bernal, já é considerado eleito prefeito de
Campo Grande, com 62,91% dos votos apurados. Edson Giroto, do PMDB, tem
37,09% dos votos.
Os votos brancos representam 2% e os nulos 3%. A votação começou às
7h e terminou às 17h, com cinco urnas substituídas e 30 denúncias
registradas.
O candidato informou que acompanharia no TRE (Tribunal Regional
Eleitoral) a apuração, mas ainda não chegou. A torcida dele já está no
local e comemorou a vitória.
Currículo
Alcides Bernal nasceu em Corumbá e tem 47 anos. Advogado, é casado e tem três filhos.
A carreira política começou por meio do rádio, onde iniciou em 1992 e conquistou popularidade.
O primeiro mandato veio em 2004, quando se elegeu pela primeira vez
vereador de Grande. Quatro anos mais tarde, recorde de votação na
reeleição: 12 mil votos.
Em 2010, o progressista decide encarar a eleição para deputado
estadual e, novamente, consegue votação expressiva. O primeiro mandato
na Assembleia Legislativa vem com 26,1 mil votos.
Neste ano, Bernal se lançou como candidato à Prefeitura com o
argumento de que tinha conhecimento que pesquisas, até de outros
partidos, o apontavam, desde setembro do ano passado, na liderança da
preferência dos eleitores entre possíveis candidatos a prefeito.
No período que antecedeu as convenções, sofreu acusações de que não
sairia candidato por falta de estrutura financeira e de apoio político.
Meses antes da oficialização da candidatura, seu projeto foi colocado
em dúvida por diversas vezes e a especulação de que ele seria candidato
a vice de Edson Giroto (PMDB) foi a mais divulgada.
Depois de homologar a candidatura nas convenções do Partido
Progressista, outra situação colocou dúvida: a ausência da escolha de um
nome para compor a vice em sua chapa. Tanto que o anúncio ocorreu dias
depois com a revelação do ex-vereador Gilmar Olarte, liderança
evangélica na Capital.
Após sofrer a baixa do PSD, que se colocou ao lado de Bernal antes
das convenções e, de última hora, oficializou apoio ao PMDB, Bernal
encabeçou uma chapa pura para concorrer ao pleito.
Diante disso, novamente, a candidatura foi apontada como fraca e sem
condições de vencer uma eleição que contava com outros seis adversários.
As primeiras pesquisas da corrida pela Prefeitura mostraram Giroto na
liderança e Bernal na segunda posição, no entanto, aos poucos, a
diferença foi caindo até que o progressista terminou o primeiro turno na
liderança dos levantamentos para intenção de votos dos eleitores.
No dia da votação, o candidato do PP recebe 176.288 mil votos, o que
corresponde a 40.18% dos votos contra 122.813 de Edson Giroto (27,99%),
diferença de 53,4 mil votos.
E se o primeiro turno ocorreu em chapa pura, Bernal passa a contar
com apoios de peso como PT, PPS e PSDB no segundo turno. Alianças feitas
por conta do “pacto da oposição”, selado pelos candidatos em 30 de
junho, que tinha o combinado de formar um bloco para enfrentar o
candidato do PMDB.
Com a votação expressiva no primeiro turno, os apoios consolidados, e
a igualdade do tempo de propaganda eleitoral gratuita no rádio e na
televisão de dez minutos para ambos os candidatos, o progressista
demonstrou, em vários momentos, tranquilidade e a segurança de que
dificilmente perderia a eleição.
Tanto que sua candidatura resistiu a ataques, em forma de impressos
ou vídeos, que o acusaram, entre outros fatos, de receber dinheiro por
debaixo da mesa numa negociata.
Alcides Bernal assume como prefeito no dia 1º de janeiro e sua
eleição quebra uma hegemonia de duas décadas do comando do PMDB no Poder
Executivo da Capital.( Campo Grande News)
Deu o óbvio! Desde o inicio as pesquisas mostravam que o povo de Campo Grande estavam sedentos por mudanças, experimentar o novo. Ai está! Alcides Bernal, radialista, que todos os dias entrava nas casa das pessoas, com palavra amiga, participando mesmo que indiretamente da vida das famílias da capital. Conseguindo tirar o proveito do poderio, há mais de 20 anos instalados na capital morena. Agora o governador vai ter que experimentar o plano B, para conseguir chegar ao senado, construir novas alianças, mudar o perfil de durão e tentar amolecer o coração do eleitor do estado do Mato Grosso do sul, ainda há tempo, mas como mudar algo que lhe é intrínseco, só os dias nos mostrarão, um novo André Puccinelli, o estado agradece.