terça-feira, 23 de outubro de 2012

CAFÉ COM LEITE NA VEIA!

Elas atuavam na area de enfermagem do PAM de São João de Meriti e foram suspensas

  Filha segura foto da idosa Palmerina, que morreu após ter café com leite injetado em sua veia Rafael Moraes / Extra/O Globo
RIO — As duas estagiárias técnicas de enfermagem do Posto de Atendimento Médico (PAM) de São João de Meriti, que estavam de plantão no domingo, quando morreu a dona de casa Palmerina Pires Ribeiro, 80 anos, foram indiciadas por homicídio culposo. Rejane Telles, 23 anos, que prestou depoimento na 64ª DP (Meriti) na quarta-feira, injetou café com leite, por engano, na veia da idosa, provocando sua morte. A outra estagiária, Luciana Carvalho, 38 anos, que depôs nesta quinta-feira, acompanhava Rejane.
Segundo o delegado Alexandre Ziehe, Luciana estava no primeiro dia de estágio quando Palmerina morreu.
— Mesmo não tendo segurado a seringa, ela auxiliou a outra estagiária e apontou o local. Ou seja, está envolvida. Não tenho dúvidas de que as duas técnicas de enfermagem que trabalhavam no setor negligenciaram a situação. Elas também serão indiciadas por homicídio culposo — afirmou o delegado.
Ziehe também ouviu a filha de Palmerina, Loreni Ribeiro, 46, que testemunhou a reação da mãe ao ter o alimento injetado na veia.
Toda a equipe de estagiários é afastada
Na tarde desta quinta-feira, a secretária municipal de Saúde de São João de Meriti, Patrícia Carvalho Coelho, anunciou que os cerca de 30 estagiários da área de enfermagem que atuavam no PAM Meriti foram suspensos até a sindicância interna ser finalizada, o que não tem data para ocorrer.
— Não deve acontecer a suspensão dos convênios com as três escolas de enfermagem, mas poderemos repensar o processo dos estágios — explicou a secretária.
De acordo com Patrícia, duas enfermeiras supervisoras e duas técnicas de enfermagem que trabalhavam no setor foram exoneradas dos cargos. Já a coordenadora de enfermagem do PAM Meriti também foi afastada até o fim da sindicância..
A idosa morreu 12 horas após o procedimento. O caso está sendo investigado também pelo delegado titular da 90ª DP (Barra Mansa), Ronaldo Aparecido de Brito.
“O hospital deveria ter entregado na segunda-feira, dia 15 deste mês, a documentação completa solicitada pela fiscalização do Coren-RJ ( livro de ordens e ocorrências, prontuário da paciente e escala de horários). Porém, o departamento jurídico da Santa Casa de Misericórdia de Barra Mansa reteve o prontuário, peça-chave para a análise cuidadosa dos fatos ocorridos durante o plantão daquele domingo quando, segundo a família de Ilda Vitor Maciel, uma profissional de enfermagem teria injetado na paciente alimento enteral por via venosa” diz o conselho em nota.
Ainda de acordo com o Coren, a Santa Casa teria informado apenas o nome da enfermeira que está sendo investigada.
  É um absurdo! Mas aconteceu, onde está o erro? Pergunta essa, que a resposta com certeza não trará á vida perdida novamente. Esclarecimentos se faz necessário, uma investigação criteriosa, não só da policia civil, mas também do Ministério Público, dos Conselhos de Enfermagem ,Conselho de medicina e do conselho municipal de saúde.
  venho observando há alguns anos o definhamento dos cursos de enfermagem! Instituições e mais instituições, abrindo cursos e mais cursos, aparantemente, visando lucros de imediato! Até mesmo o governo federal, criou um curso a nível nacional no ano de 2002 chamado Profae, formando muitas das vezes sem critérios técnicos. Isso também acontece com o curso de nível superior, muitas universidades, abrindo o curso tentando atender uma demanda que não é real em nosso País. Não quero dizer em dificultar as escolas e faculdades mas sim exigir, formação de qualidade, para que não tenhamos que assistir tais cenas, deplorável em pleno século 21

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