segunda-feira, 4 de junho de 2012

HISTÓRIAS QUE EU CONTO, PARTE IV

PASSAGEM DE PLANTÃO!

  Passar plantão é na linguagem da enfermagem, como se fosse uma troca de posto, é verificado os prontuários de todos os pacientes internos, medicações, materiais e etc... Como os doentes passaram a noite e ou o dia, trocando o corpo de enfermagem, geralmente os supervisores que ficam com a parte burocrática, avaliam os exames e prontuários,  o restante da equipe, confere em cada quarto como estão os internos.
  No ano de 1991, há 21 anos atrás em um conceituado Hospital, estávamos em curso e na passagem de plantão ocorreu algo de estranho. Havia um senhor, já bem avançado, na idade que estava internado á bastante dias, devido ao quadro da doença, mais a idade acentuada, gemia a noite toda! E isso já era habitual e todos os dias na passagem de plantão, era normal a equipe que recebia o mesmo, de indagar como passara á noite, a resposta era sempre a mesma, gemendo e confuso, falava-se sobre os dados de exames e condições clinicas.
  Um belo dia entramos no Hospital e ao receber o plantão naquele dia, e ao perguntar sobre o referido paciente, disseram essa noite foi muito tranquilo, gemeu até algumas horas e depois, ao ser medicado dormiu o restante da noite. Essa foi a forma em que o plantão anterior definira o quadro do enfermo! Ao organizar as roupas de cama e demais utensílios hospitalares, a colega de curso foi até o leito para convidá-lo ao banho, chamando-o pelo nome, não obtendo resposta e ao tocá-lo, descobrira que o mesmo estava em óbito.
  Como era uma enfermaria, os cuidados não são intensivos e por não ter acompanhante, a equipe não percebeu o momento do óbito, causando uma situação constrangedora, servindo de lição, e nas próximas trocas de plantão, iam até o leito receber as informações, não acontecendo mais gafes desse tipo.

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