sexta-feira, 1 de junho de 2012

HISTÓRIAS QUE EU CONTO, PARTE I



  Há mais ou menos 18 anos atrás, trabalhava em um conceituado hospital, era membro do grupo de instrumentação, que ajudei a criar! Aconteceu um fato curioso e inusitado, era o inicio da era tecnológica na saúde, exames cada vez mais sofisticados e que mudavam o norte da medicina , tomografias, ressonâncias e algo que ajudei a fazer parte, era as cirurgias de vídeo, que começaram aproximadamente no ano 1994. O fato e que a equipe de cirurgiões desse hospital, compraram o primeiro aparelho  videolaparoscópico, mas como iniciariam as cirurgias em seres-humanos? Sem á perícia técnica tão necessária nesse tipo de intervenção cirúrgica. Tiveram á ideia de treinar em uma porca! é uma porquinha sim senhor, levaram-na em uma sala, não á cirúrgica claro.
  Foi realizado anestesia geral, todo o preparo operatório, e foi realizado a primeira cirurgia de vídeo na cidade, falharam algumas vezes, como todo aprendiz, ora errava na anestesia, ora errava na quantidade de gases, introduzido no abdome do animal, mas enfim conseguiram a proeza.


  Marcaram então á primeira cirurgia por vídeo em ser-humano, claro na mesma cidade! Iniciou-se o processo operatório as 15 horas, vencendo o nervosismo da equipe, a responsabilidade era muito grande. Eram 23 horas e nossos heróis ainda estavam em campo cirúrgico, fadigados e estressados com a situação, resolveram terminar a cirurgia de modo convencional! Foram mais de 8 horas de cirurgia, um absurdo se fosse nos dias de hoje, foi um grande avanço para a medicina, operam com tanta facilidade, demora menos de 1 hora, com o pós-operatório tranquilo e recuperação excelente, como testemunha ocular, tenho o imenso prazer de contar essa história. Há a porquinha morreu! O paciente não.

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