quinta-feira, 27 de junho de 2013

ATO MÉDICO X MÉDICOS CUBANOS

  O ato médico passou pelo senado nessa última semana, lei que centraliza todas as ações da área de medicina sob a supervisão e critérios médicos, estabelecendo normas e rotinas pré determinadas. Nenhuma profissão pode adentrar no diagnóstico, na intervenção direta ao paciente, centralizando todo o atendimento a esses profissionais. situação essa que inviabiliza tantas outras profissões que são tão quanto importantes. Isso não séria grave, caso não tivéssemos um grande déficit de médico no país e o pouco que temos, acabam congestionando os grandes centros, tanto em busca de qualidade de vida, entretenimento e melhor educação e até mesmo saúde para seus familiares. Não estão errados quanto a esses critérios.

  A formação em medicina no Brasil ainda é como no império! Atende apenas a família real, o atendimento no SUS é como se fosse um bico e olha que o salário não é tão ruim como pregam. Problemas temos de montão, faculdades sucateadas, qualidade de ensino questionáveis, o perfil profissional não é levado em conta, passou no vestibular "tá dentro", ou o famoso "pagou passou" em escolas particulares. Cursos no exterior, como no vizinho Paraguai, onde indiscutivelmente a qualidade é para lá de duvidosa! E ainda tem que fazer os testes brasileiros, que é o revalida, mas enfim ainda tem suprido a falta de mão de obra.

  O ato médico tem que ser revisto, levar em consideração as outras categorias, respeitando as diretrizes do SUS e a dificuldade de acesso em regiões onde não há médico. Um exemplo clássico é o parto normal! Quem faz todo o processo do parto é a gestante e não o médico ou enfermeira, institucionalizaram o parto, criando uma cultura que não é verdadeira, precisa desmistificar o parto! Abocanhar todo o processo do "saúde-doença", não irá resolver o problema! Essa discussão está no campo político, onde todos os outros profissionais ficam no prejuízo, pois a classe médica tem representantes no congresso, falando mais alto o corporativismo, aprovando uma imbecilidade, dificultando ainda mais a organização de saúde do nosso país. Resta-nos torcer para que a presidente vete os pontos absurdos! Já existe o movimento "veta Dilma".

  Os médicos Cubanos não serão bem vindos por várias razões; Primeiro, devemos investir no povo brasileiro, aumentando o numero de vagas nas universidades e facilitando o acesso, analisando o perfil e as necessidades regionais, vestibulares regionais, critérios definidos e ainda prestigiando profissionais que já atuam na saúde, principalmente a pública. Segundo, a cultura de Cuba é muito diferente dos brasileiros, a comunicação será deficitária! O ouvir e entender, faz parte do diagnóstico! Como fazer um diagnóstico sindrômico com culturas tão distintas? Terceiro e último, muitos virão com prazo de tempo determinado de visto no país. O que me garante se não forjarão casamentos no Brasil, ou pior! Casarão apenas para se naturalizarem brasileiros e ficando definitivamente no Brasil, o problema irá ser maior e de difícil solução. Termino esse texto com uma frase, "NÃO SE RESOLVE PROBLEMAS COMPLEXOS COM SOLUÇÕES FÁCEIS".

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