terça-feira, 25 de junho de 2013

A MALDIÇÃO DE SER PREFEITO DE DOURADOS



  Nunca imaginei que escreveria sobre esse assunto! Até mesmo porque não acredito nisso, mas conversando hoje com alguém muito importante, veio esse assunto em pauta e achei muito engraçado. Comecei a viajar nas minhas lembranças remotas, até porque não sou bom em história, procurando em meus arquivos e também nos anais de Dourados, tive que concordar com a pessoa e relato a seguir.

  Foram muitos prefeitos, autoridades, mas que me lembro nenhum até hoje deixou grandes saudades! Dai eu pergunto para que ser prefeito? Sei que muitos responderiam de diversas formas; A classe política sonha com cargos no executivo, talvez para mandar. Manda quem pode e obedece quem tem juízo! Relembrando os alcaides de nossa cidade, suas origens e suas lutas e seus legados para o município. Começarei pela ordem inversa, pois sendo mais atual, fica fácil de lembrar e opinar! Opinião, apenas opinião.

  Poderia iniciar pelo nosso atual prefeito, Murilo Zahuit, mas não quero pecar, sendo que o mesmo tem pouco tampo de mandato e o seu slogan é "Dourados no rumo certo", só o tempo dirá isso, no fim do texto acredito que terão outra visão, se acaso confirmar tal maldição o rumo não será tão certo assim.

         O primeiro prefeito que quero comentar é o Ari Artuzi, tão recente que não precisava nem discorrer sobre o mesmo, mas como a proposta é opinar; Vamos lá então! Menino pobre vindo do Rio Grande do Sul já mais sonhara em ser prefeito de Dourados, veio apenas para tentar a sorte por essas terras. A principio trabalhava em um madeireira como motorista, sem estudo e sem perspectiva na vida, tinha apenas sonho! Como sonhar não é crime, é isso que ele fazia. Surgiu então a oportunidade de trabalhar com o seu tio, Dioclécio Sucupira, onde carregava as pessoas mais carentes da cidade, fazendo o papel do poder público, devido a ineficácia do prefeito anterior e de sua gestão. Nasceu ai um mito, cada viagem um voto, cada beijo e um abraço uma amizade, logo seu tio faleceu e em uma grande surpresa se tornou vereador, chegando meteórica mente a ser deputado estadual, até hoje tem gente grande tentando entender como ganhará aquela eleição! Em 2006 se reelegeu como um fenômeno de votos, só em Dourados mais de 31.000 votos, onde o encorajou a ser prefeito de nossa cidade. Vinha tudo muito bem até que o mesmo fora eleito prefeito em 2008, iniciando um mandato conturbado, não tinha o aval do governo do estado, a impressão que tinha era que algo estava por acontecer!

   Tinha pessoas trabalhando nos bastidores para que tudo caísse por terra e em 01 de Setembro de 2010, aconteceu o inevitável, da noite para o dia acabou tudo e dai para frente todos conhecem sua história, sua passagem meteórica pela política.

    O segundo herói dessa história é o então deputado estadual Laerte Tetila, que analisando friamente seria o que está em melhores condições, ou seja o impacto da "maldição", não fizera tantos estragos. Administrou por oito anos de 2000 a 2008, diga-se de passagem empurrou a cidade com a barriga, sem grandes transformações e muito menos motivos para se comemorar! Suas contas tiveram que ser aprovadas pela câmara de vereadores sobre muitas desconfianças, pois o TCE havia rejeitada. 

   Ao término de seu mandato, no último dia do ano de 2008, na hora dos fogos em uma multidão o mesmo estava solitário, havia passado seu tempo e ninguém queria estar perto de um perdedor e uma figura apagada da política local. Passou dois anos no anonimato, teve a sorte de eleger-se deputado estadual no período "Uragano", se não fosse isso com certeza o então professor teria que voltar as sala de aula, mas enfim hoje deputado mas poucas pessoas tem saudade do seu governo, incluindo os alunos que tinham passe livre e os moradores de Dourados que após o seu governo começaram a pagar a taxa de iluminação pública. A pior greve dos servidores também ocorrera em seu mandato, no ano de 2007, paralisação total dos serviços públicos.

  O terceiro é o senhor Antônio Braz Genelhu Melo, o Braz, esse deu dó! O seu primeiro mandato foi de muita pompa. Me lembro era considerado um "deus", isso na década de 80, quando assumiu o município em 1989 até 1992, época em que construiu os CÈUs e brincadeira aparte um "inferno", brincadeira da época em relação ao bairro Cachoeirinha, também apareceu aqui os asfaltos das linhas de ônibus e o famoso projeto do "CAIC", uma verdadeira revolução! Também não dá para esquecer do Cal, ficou conhecido como Braz cal, quando o mesmo teve a ideia de pintar os nossos meios-fios de branco, dando uma cara agradável a cidade. 

  Teve muita sorte no primeiro mandato, foi quando o ICMS passou a ficar 30% no município, quando sobrou algumas merrecas, como não tinha reeleição teve que dar espaço a próxima vítima, ou seja próximo prefeito. o seu segundo mandato, foi terrível de 1997 a 2000, para resumir, acredito que o principal problema foi, surgiu a lei de responsabilidade fiscal, na qual o mesmo não conseguiu enxugar a administração e sucumbiu a derrocada, de entregar a cidade para o Tetila, que sempre fazia questão de dizer nos seus discursos, que eram parecidos com o do Fidel Castro, muito longos e sonolentos, que herdara a cidade como uma "Bagdá´" em alusão ao bombardeio no Iraque. Antes que eu me esqueça, ele também judiou muito do servidor, salários atrasados e situação precária de trabalho.

  O quarto é o então Humberto Teixeira, surgindo do nada, se torna alcaide da segunda maior cidade do estado, isso no ano de 1992 a 1996. Um mandato medíocre, sem muitas novidades, a única coisa que pode se dizer em relação ao mesmo, que fora considerado o "pai do Canaã", que há controvérsias,, pois muitos tiveram que trabalhar para conseguirem suas casas, tanto homens como mulheres em situação degradante.
  O funcionalismo passou maus bocados, folhas atrasadas e despeito aos mesmos. Talvez devido a isso sumiu da política após um mandato de deputado estadual.

  Não vou muito longe nessa lista, até porque teria que pesquisar muito, vou apenas comentar mais dois; 
  Luiz Antônio, que apenas passou pelo casarão da Barrosa! Não possuiu nenhuma expressão política, terminando o mandato ficou no anonimato, com muitas lendas de enriquecimento, mas que na verdade saiu com uma mão na frente e outra atrás! O servidor antigo guarda muitas lembranças, foi o único que os valorizou de verdade, respeito e solidariedade para com os mesmos.

  Em 1970 foi prefeito o senhor Jorge Antônio Salomão, até o ano de 1973, com muito "gogó", até por ser radialista, a promessa era grande! a expectativa em cima dele era demais, Por alguns, chamado de "Pai dos pobres", mas o que se sabe é que o seu mandato não agradou e ficou com consolo da rádio, nos seus programas matinais de "A BRONCA", onde todas as manhãs ligava a metralhadora e o pau comia, ou caia a folha, mas não passou disso.

  Me parece que até hoje ninguém deixou saudades, como a musica "que saudades do Sarney", por isso resolvi comentar sobre esse tema, apenas comentários! Não tenho menção de denegrir ninguém, fatos para isso até que não faltam, mas se tem urucubaca é bom que o prefeito Murilo, trate de descobrir onde enterraram, se não logo logo a vaca vai para o brejo. 
  De repente pode ser endereçada via postal da nossa capital, com receio de Dourados possa crescer e superá-la. Nesse quesito é pior ainda para o Zahuit, devido a sua vontade de dar "cara de capital" a Dourados, eu se fosse ele parava com essa ideia. Mas dizem que "urubu não mata cavalo gordo", o futuro a Deus pertence, resta-nos pedir as bênçãos para Dourados e que todas mandingas sejam aniquiladas.

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